São Paulo - Em assembleia realizada na noite de desta quarta-feira, 16, os
metroviários de São Paulo decretaram estado de greve e resolveram que vão cruzar
os braços a partir das 00h00 da quarta-feira que vem, dia 23. A categoria
reivindica reajuste salarial de 5,13%, mas o Metrô ofereceu 4,15% - proposta que
foi rejeitada por unanimidade durante assembleia na sede do sindicato da
categoria, no Tatuapé, zona leste da capital.
'Nosso objetivo não é deflagrar uma greve, mas a proposta que o
Metrô fez não dá para aceitar', disse o presidente do sindicato, Altino
Prazeres. Segundo ele, o acidente da manhã de ontem na linha 3-Vermelha, expôs o
sucateamento em que se encontra o transporte público de São Paulo, além de
alertar para a importância do trabalho do metroviário paulista.
'Se o defeito tivesse ocorrido na linha 4-Amarela, a tragédia
seria muito maior, porque essa linha é totalmente automatizada e não tem
operadores. O trem só parou porque o condutor do vagão percebeu que estava
acelerando ao invés diminuir a velocidade e acionou o freio de emergência',
destacou Prazeres. 'O operador desse trem foi um herói.' Os trabalhadores
aplaudiram rapaz que, segundo a diretoria do sindicato não pôde comparecer ao
encontro por estar 'abalado e com forte dor nas costas.'
Está marcada para a terça-feira que vem nova assembleia para
operacionalizar a greve e avaliar contrapropostas salariais do Metrô. Em nota, a
empresa informou que deverá entrar com uma medida cautelar inominada para
garantir a prestação de serviços.
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