O governo do estado pediu nesta segunda-feira ao Governo Federal R$ 360
milhões, que deverão ser empregados em obras emergenciais e estruturantes, que
vão garantir, a curto prazo, o abastecimento do Rio diante da crise hídrica. Ao
todo, o estado espera investir - contando com a possível ajuda federal - R$ 930
milhões em iniciativas no setor, incluindo intervenções na Bacia do Rio Paraíba
do Sul previstas para longo prazo. De acordo com a ministra do Meio Ambiente,
Izabella Teixeira, que se reuniu agora à tarde no Palácio Guanabara com o
secretário estadual do Ambiente, André Corrêa, e com o governador Luiz Fernando
Pezão, a presidenta Dilma vai avaliar o pedido.
Izabella adiantou que a intenção do governo federal é ajudar os estados
diante do cenário atual. “A presidenta já deixou claro que não há limites para
apoiar os estados”, afirmou a ministra, ressaltando que o corpo técnico e de
engenheiros do governo federal foi colocado à disposição do governo Pezão.
A ministra informou ainda que a vazão do Rio Paraíba do Sul, que chega à
elevatória de Santa Cecília, em Barra do Piraí, terá mesmo que ser reduzida este
ano dos atuais 140 metros cúbicos por segundo para 110 metros cúbicos por
segundo. Pela primeira vez o Governo do Rio, que era contra a determinação da
Agência Nacional de Águas (ANA), admitiu a redução. O estado era contra porque
haverá dificuldades de captação de água por parte das indústrias da região de
Santa Cruz, como Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA) e Fábrica Carioca de
Catalisadores (FCC).
Parte dos R$ 360 milhões, conforme Corrêa, será usada para medidas como o
desvio do curso de rios poluídos da Baixada, que podem interferir na captação da
Cedae na Estação de Tratamento de Água do Guandu, e a construção da Barragem do
Rio Guapiaçu, em Cachoeira de Macacu. Sete milhões de reais serão aplicados na
mudança de pontos de captação de água em algumas cidades, principalmente em
Barra do Piraí, no Sul Fluminense.
Izabella, por sua vez, afirmou que os reservatórios que abastecem o estado do
Rio tiveram ligeira recuperação, mas “nada expressiva”. O reservatório de
Paraibuna, no Vale do Paraíba paulista, cuja represa é abastecida pelos rios
Paraibuna e Paraitinga, que formam o Paraíba do Sul, saiu, “ligeiramente”, do
volume morto. De acordo com a Agência Nacional de Águas (ANA), o volume do
Paraibuna, responsável pelo abastecimento de 15 milhões de pessoas entre o Rio,
São Paulo e Minas Gerais, que estava, na última medição, em 0,08%.
Fonte: Jornal O Dia
0 comentários:
Postar um comentário