Os professores e funcionários de escolas públicas estaduais do Paraná protestam em frente à Assembleia Legislativa, no Centro Cívico, nesta segunda-feira (09). Em greve desde sábado, os professores fazem panfletagem em frente às escolas para pedir apoio de alunos e da comunidade. Os servidores públicos estaduais pedem que os deputados não aprovem o pacote de austeridade proposto pelo governador BetoRicha (PSDB) na última quarta-feira.
Além dos professores, os servidores da Saúde e de universidades estaduais também marcaram greves para esta semana e diversas categorias estão com assembleias marcadas para os próximos dias. Agentes penitenciários, psicólogos, terapeutas ocupacionais e outros funcionários do Hospital de Reabilitação também têm assembleia marcada.
Entre os benefícios perdidos previstos no pacote do governo, os adicionais por tempo de serviço – os quinquênios e anuênios – deixarão de ser pagos aos servidores. A categoria com mais mudanças é a dos professores da rede estadual. Mais de 12 mil professores serão remanejados de funções administrativas para a sala de aula. Com a mudança e a contratação de 4 mil professores, anunciadas nesta semana, o governo pretende reduzir de 29 mil para 10 mil o número de professores temporários no estado. Outra nova regra elimina o auxílio-transporte dos professores durante períodos de férias e afastamento. Até hoje, os professores recebem R$ 360 de auxílio por 20 horas semanais e R$ 720 por 40 horas.
Outra reclamação é a redução do quadro de funcionários das escolas, além das condições de trabalho e falta de pagamento de fornecedores de materiais essenciais.
Os professores e funcionários exigem que os deputados não aprovem o pacote do governo. O protesto se baseia na dificuldade da reivindicação. Dos 54 deputados estaduais eleitos, apenas seis parlamentares são da bancada declarada de oposição ao governo do Estado.
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